RS tem maior plantação de azeitona do País, mas não oferece incentivos.


O mercado de azeites e azeitonas no Brasil é imenso. é o que aponta estudos realizados pelo conselho Oleícola Internacional em 2011, projetando o mercado consumidor no País. “Naquela época, já trazíamos números que indicavam um grande consumo de azeites, com uma ordem de crescimento de 8 a 10% ano para azeites e 11 a 14% para azeitonas, para os próximos 5 anos.”, explica o integrante do Conselho e incentivador da olivicultura no Estado Guajará de Oliveira. “Para nossa surpresa não só esses números estão se confirmando como sendo ultrapassados”. No entanto, a área cultivada no RS está ao redor de 300 hectares. Para Guajará, uma extensão ainda insignificante perto do potencial que o Estado oferece para a olivicultura. “Em todo o Brasil não deve passar de 500 hectares”, conta. Em 2013 mais de 75 mil toneladas de azeite e 109 mil toneladas de azeitonas foram consumidas e pelas projeções, é possível chegar em 2016 com um consumo em torno de 100 mil toneladas de azeite e 120/130 mil toneladas de azeite. “isso demonstra todo o potencial do nosso mercado e da insignificância do que produzimos. As projeções mais otimistas falam em 25/30 mil litros para esse ano, embora não se acredite que isso irá ocorrer. O certo é que nós na Cerro dos Olivais produziremos em torno de 3 mil litros de azeite de extrema qualidade”, dispara Guajará. Segundo ele, a olivicultura recebe pouco incentivo do Estado. “Como podemos ver, estamos em um trabalho de implantação de uma cultura, com a qual não temos ainda, conhecimento. Temos potencial, mas temos que preparar técnicos, especialistas em todas as áreas que abrangem o desenvolvimento da olivicultura”, explica. Ele reforça que há um longo trabalho pela frente a ser realizado, e nesse sentido a Associação Rio Grandense de Olivicultura (ARGOS) busca proporcionar avanços no conhecimento, para contribuir na implantação de uma olivicultura que dê resultados. “Necessitamos de conhecimento para trabalhar com olivicultura”, declara. Ele lembra que de 2 a 5 de setembro, acontece o Finooliva 2014 na PUC/RS, com exposição de azeites e azeitonas de qualidade. Trata-se de um concurso internacional de azeites e jornada técnica, que contará com a presença de especialistas e cientistas renomados de países como Espanha, Portugal e Tunísia. “O concurso servirá de suporte inicial à implantação da olivicultura com segurança e sem sobressaltos para todos”, destaca. Sobre a colheita, Guajará diz que não há como determinar uma data para o início. “Vamos iniciar a colheita das azeitonas em nossa propriedade depois de analisarmos bem as condições da produção. Se as frutas estão no ponto para produzir um azeite de qualidade, é preciso verificar as condições, pois temos por obrigação cuidar e colher no ponto exato as frutas para que os azeites reflitam o máximo em termos de elementos nutricionais e de componentes que vão beneficiar a saúde dos consumidores”. Guajará tem sua plantação na chácara Cerro dos Olivais, pioneira da olivicultura no Estado.